Sorria 2 O Mistério do Sorriso Sombrio (Resumo)
O Eco de um Sorriso
A chuva batia suavemente na janela do pequeno consultório onde Alex passava horas atendendo seus pacientes. Era uma tarde comum, até que uma nova paciente chegou. Anna, uma mulher de olhar perturbado, não conseguia parar de descrever a sensação de estar sendo observada por estranhos sorrisos, onde quer que fosse. Suas palavras eram inquietantes, quase delirantes, mas havia algo em seus olhos que Alex não conseguia ignorar. Eles refletiam um medo que parecia muito real.
Alex era uma jovem psicóloga, recém-formada, e ainda se considerava racional, mesmo quando ouvia as histórias mais bizarras de seus pacientes. No entanto, algo na forma como Anna descrevia esses sorrisos mexia com ela. “Eles me seguem,” Anna dizia, olhando fixamente para o chão. “Estão sempre lá, sorrindo, mas não de um jeito bom.”
No início, Alex pensou que poderia ser apenas um caso de paranoia ou algum tipo de alucinação. Era comum pessoas com traumas profundos manifestarem sintomas assim. Porém, à medida que a sessão avançava, Anna mencionou algo que fez Alex parar. “Eu li sobre uma mulher chamada Rose… Ela teve o mesmo problema… E agora, ela está morta.”
Esse nome, Rose, acendeu algo na memória de Alex. Uma história que ela havia lido durante sua residência no hospital psiquiátrico. Rose Cotter, uma terapeuta, também relatara ter visões de sorrisos perturbadores antes de cometer suicídio. A conexão entre os dois casos era forte demais para ser ignorada, e Alex sentiu um calafrio percorrer sua espinha.
No entanto, sua racionalidade prevaleceu. Ela decidiu que investigaria mais, mas com cautela. Aquele seria apenas mais um caso de estudo, uma oportunidade para entender a mente humana sob a ótica do medo. Mal sabia Alex que estava prestes a entrar em uma espiral de horror que a levaria a questionar tudo o que acreditava sobre o mundo ao seu redor.
Naquela noite, ao sair do consultório, Alex não conseguia parar de pensar em Anna e nas histórias sobre os sorrisos. Enquanto caminhava para casa, sentiu um desconforto crescente, como se o vento frio trouxesse consigo uma presença invisível. Olhou ao redor, mas tudo parecia normal… pelo menos por enquanto.
O Começo da Espiral
Alex acordou na manhã seguinte com um sentimento estranho, como se a conversa com Anna tivesse despertado algo dentro dela. Ao revisar suas anotações sobre o caso, não conseguia afastar a sensação de que estava perdendo algum detalhe importante. O nome “Rose Cotter” parecia ecoar em sua mente. Decidida a investigar mais a fundo, Alex passou a tarde vasculhando arquivos antigos do hospital psiquiátrico, onde havia feito sua residência.
Para sua surpresa, encontrou uma série de relatórios sobre pacientes que também tinham mencionado sorrisos sinistros. Eles datavam de anos antes da morte de Rose. Alex mergulhou nas leituras, ficando mais intrigada a cada página. As descrições eram perturbadoramente semelhantes às de Anna — sorrisos que pareciam perseguir os pacientes, seguidos por uma crescente sensação de desespero. A maioria desses pacientes havia desaparecido ou tirado suas próprias vidas.
À medida que as horas passavam, Alex sentiu uma tensão no ar. Quando olhou ao redor da biblioteca do hospital, viu algo que a fez parar. Do outro lado da sala, um homem estava sentado, olhando para ela. Seu sorriso era amplo, inexpressivo e profundamente perturbador. Alex piscou, e o homem já não estava mais lá.
Sentindo um nó no estômago, ela voltou para casa. A imagem do homem sorridente continuava em sua mente, mas ela tentou afastá-la como se fosse um truque da mente, fruto da pesquisa intensa e da sua preocupação com Anna. Mesmo assim, aquela noite foi a primeira em que Alex sonhou com sorrisos, com rostos que não tinham alegria, mas algo muito mais sombrio por trás deles.
Na manhã seguinte, Alex encontrou Anna novamente. Mas algo estava diferente. Anna parecia ainda mais abatida, e quando começou a falar sobre os sorrisos, sua voz estava rouca, cheia de pavor. “Eles estão ficando mais próximos,” disse, quase em sussurro. “Eles estão sorrindo… Mas eu sei que querem algo… E agora, você também os vê, não é?”
O Sorriso que Não Some
Alex tentou manter a calma enquanto conversava com Anna, mas a última frase de sua paciente a abalou profundamente. A ideia de que ela mesma estivesse vendo os sorrisos — o homem na biblioteca, os rostos em seus sonhos — parecia absurda, mas impossível de ignorar. Ela decidiu agir, tentando manter o controle de sua própria sanidade.
Após a sessão, Alex começou a notar padrões estranhos em sua própria vida. Pessoas na rua pareciam sorrir para ela de maneira bizarra, e até mesmo seus colegas de trabalho exibiam expressões desconcertantes. Aquilo estava indo além do que ela podia justificar racionalmente. Ela começou a questionar sua própria saúde mental, lembrando-se de como Rose também havia começado a duvidar de si mesma antes de cair nas garras da maldição.
Determinada a não seguir o mesmo destino, Alex procurou um ex-paciente de Rose, um homem chamado Samuel, que tinha sobrevivido à maldição. Ele vivia em isolamento, longe da sociedade, e estava relutante em falar. Mas quando Alex mencionou os sorrisos, seus olhos se arregalaram.
“Você não pode escapar,” ele disse com uma voz sombria. “O sorriso não é um mero símbolo. Ele se alimenta de você, de suas inseguranças, seus medos. Quanto mais você luta contra ele, mais ele se fortalece.” A frieza na voz de Samuel fez o estômago de Alex revirar.
Naquela noite, ao voltar para casa, Alex olhou para o espelho e congelou. Seu próprio reflexo estava sorrindo para ela — um sorriso distorcido, inumano, que não combinava com a expressão de seus olhos. Ela piscou e o sorriso desapareceu. Seu coração martelava no peito. Estaria ficando louca como Anna e Rose?
Entre o Pesadelo e a Realidade
A partir desse momento, Alex começou a perder o controle da realidade. As pessoas ao seu redor começaram a mudar, e o sorriso perturbador parecia surgir em rostos familiares. Ela tentava se concentrar no trabalho, mas era impossível. As visões invadiam seus pensamentos, e seus colegas de trabalho começaram a evitá-la, convencidos de que ela estava passando por um colapso nervoso.
Uma tarde, Alex decidiu se afastar por alguns dias e procurou refúgio na casa de sua mãe, na esperança de encontrar paz. No entanto, mesmo em sua cidade natal, os sorrisos a seguiam. Sua mãe, preocupada, sugeriu que ela procurasse ajuda psiquiátrica, mas Alex sabia que isso não era algo que a medicina poderia resolver. Ela estava presa em algo muito maior, algo que ninguém ao seu redor compreendia.
Ao longo dos dias, Alex foi perdendo a noção de tempo e espaço. O que era real e o que era uma alucinação? Os sorrisos estavam sempre lá, silenciosos, mas ameaçadores, esperando o momento certo para destruí-la. Quando ela começou a ver o rosto de Rose nos reflexos, sabia que estava chegando ao limite.
Desesperada, Alex voltou à investigação sobre Rose. Ela estava determinada a encontrar a raiz dessa maldição antes que fosse tarde demais. A única maneira de entender o que estava acontecendo era desvendar o legado de Rose e descobrir como ela havia se envolvido nesse pesadelo.
O Legado de Rose
Alex passou dias imersa nos arquivos sobre Rose Cotter. Entre os documentos, encontrou uma carta que Rose havia escrito pouco antes de morrer, mas que nunca chegou a ser enviada. A carta falava sobre um ritual antigo, uma maldição que havia sido passada por gerações. O sorriso era mais do que um símbolo — era uma marca deixada por uma entidade que se alimentava de traumas profundos e medos reprimidos.
Cada pessoa que caía sob a influência da maldição enfrentava seus piores temores até não conseguir mais suportar. O sorriso era uma máscara, uma fachada que escondia a agonia de quem o usava. Alex finalmente entendia que, para se libertar, precisaria confrontar seus próprios medos, assim como Rose tentou fazer. Mas Rose falhou, e Alex sabia que o mesmo poderia acontecer com ela.
Agora, com o conhecimento que acumulou sobre a maldição, Alex se sentia mais perto da verdade, mas também sabia que isso a estava levando a um caminho sem volta. Para quebrar a maldição, teria que fazer um sacrifício que jamais havia imaginado.
O Sacrifício
Alex sabia que enfrentar a entidade exigia mais do que coragem; exigia um sacrifício emocional profundo. Durante dias, ela se preparou, investigando cada detalhe do ritual mencionado por Rose. Mas o que ela não sabia era que esse sacrifício significaria abrir mão de algo fundamental — sua própria identidade. O sorriso era uma forma de sobreviver, mas à custa de uma vida que deixava de ser inteiramente sua.
Na noite em que decidiu realizar o ritual, Alex se isolou em um local remoto, longe de qualquer contato humano. No meio da escuridão, ela repetiu as palavras que encontrou nos textos antigos, aceitando o sorriso em sua vida, permitindo que a escuridão consumisse seus medos. Mas, ao final do ritual, algo inesperado aconteceu. Em vez de encontrar paz, Alex sentiu uma presença ainda mais forte, uma entidade que se alimentava de suas emoções mais íntimas.
O ritual estava longe de ser uma solução. O sorriso agora fazia parte de Alex, e ela sabia que não havia como escapar dessa conexão. O sacrifício não a libertou — apenas a transformou em algo novo.
O Último Sorriso
No confronto final, Alex percebeu que a maldição não era algo que podia ser simplesmente quebrado. Ela se fundiu com a entidade e, com isso, aceitou seu novo papel no ciclo interminável. O sorriso sombrio, que antes era um símbolo de terror, agora fazia parte dela.
Em seus últimos momentos de lucidez, Alex deixou uma carta, assim como Rose havia feito. Nela, descrevia como o sorriso não era um castigo, mas uma aceitação de tudo o que temia enfrentar. Com essa compreensão, Alex desapareceu, e o ciclo continuou com novas vítimas, novas pessoas que olhariam para o espelho e veriam o sorriso.
A história de Alex termina com uma nota perturbadora, pois embora ela tenha compreendido a essência do sorriso, a maldição nunca foi realmente derrotada. Ela apenas mudou de forma, esperando a próxima pessoa que ousasse encará-la.
Conclusão: “Sorria 2: O Mistério do Sorriso Sombrio” leva o leitor em uma jornada de horror psicológico profundo, onde o sorriso, aparentemente simples, se transforma em um símbolo de medo e aceitação. O final aberto sugere que a maldição está longe de terminar, e que sempre haverá alguém disposto a enfrentá-la, mesmo sem saber o que está por vir.
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