José no Egito Traição Superação e o Poder do Perdão a História que Transformou Destinos!

A Inveja e o Sonho de José (Gênesis 37:1-11)

José, o 11º filho de Jacó, era o mais amado por seu pai, Jacó, porque fora o filho de sua amada esposa Raquel. Esta preferência gerou grande inveja em seus irmãos, que começaram a desprezá-lo. José, que tinha 17 anos, teve dois sonhos nos quais via seus irmãos se curvando diante dele, um sinal de que ele ocuparia uma posição de liderança. Quando contou esses sonhos aos irmãos, sua animosidade cresceu ainda mais, e eles começaram a planejar sua morte.

Porém, Rubens, o irmão mais velho, sugeriu que o jogassem em uma cisterna em vez de matá-lo, com a intenção de resgatá-lo mais tarde. Quando os irmãos estavam se alimentando, uma caravana de ismaelitas apareceu, e Judá sugeriu que vendessem José para os comerciantes, em vez de deixá-lo morrer. Eles seguiram a sugestão de Judá e venderam José por 20 peças de prata, e quando retornaram para casa, mentiram para seu pai, dizendo-lhe que José tinha sido morto por um animal selvagem.

A Chegada de José ao Egito (Gênesis 37:12-36)

José foi levado para o Egito e vendido como escravo para Potifar, um oficial do faraó, comandante da guarda do faraó. Embora fosse um escravo, José encontrou graça aos olhos de Potifar, que o fez responsável por sua casa, confiando-lhe todas as suas posses. No entanto, a esposa de Potifar tentou seduzir José, mas ele resistiu firmemente à tentação, recusando-se a pecar contra Deus e seu mestre. Furiosa com a rejeição, a esposa de Potifar o acusou falsamente de tentativa de estupro, e José foi preso.

Na prisão, José ainda manteve sua fé em Deus e continuou a prosperar. Ele ganhou a confiança do carcereiro e foi colocado como responsável pelos outros prisioneiros, demonstrando sua sabedoria e caráter mesmo em condições adversas.

José Interpreta os Sonhos dos Funcionários do Faraó (Gênesis 40:1-23)

Enquanto estava na prisão, dois oficiais do faraó, o copeiro e o padeiro, foram aprisionados. Ambos tiveram sonhos inquietantes na mesma noite, e José, com a ajuda de Deus, interpretou seus sonhos. Para o copeiro, José previu que ele seria restaurado ao seu cargo, enquanto o padeiro seria enforcado. José pediu ao copeiro que, ao ser restaurado, se lembrasse dele, mas o copeiro o esqueceu após ser libertado.

José permaneceu na prisão por mais dois anos, aguardando sua chance de ser lembrado.

José Interpreta os Sonhos do Faraó (Gênesis 41:1-57)
Após dois anos, o faraó teve dois sonhos perturbadores que ninguém conseguia interpretar. O copeiro, então, lembrou-se de José e o recomendou ao faraó. José foi chamado ao palácio e, com a ajuda de Deus, interpretou os sonhos do faraó. Ele explicou que o Egito passaria por sete anos de abundância seguidos de sete anos de fome. José sugeriu ao faraó que armazenasse alimentos durante os anos de fartura para sobreviver à seca.

Impressionado com a sabedoria de José, o faraó o nomeou governador do Egito, colocando-o à frente da administração do país durante os anos de escassez. José foi dado um novo nome, “Zafenate-Paneia”, e casou-se com Asenate, filha de um sacerdote egípcio, com quem teve dois filhos: Manassés e Efraim. Ele assumiu o comando da distribuição de grãos e garantiu que o Egito sobrevivesse à fome.

A Chegada dos Irmãos de José ao Egito (Gênesis 42:1-38)

Nos anos de fome, os irmãos de José, que estavam em Canaã, ouviram falar que o Egito tinha alimentos e decidiram viajar para comprar grãos. Quando chegaram ao Egito, José os reconheceu imediatamente, mas eles não o reconheceram, pois ele estava vestido com as roupas de um governante egípcio. José, então, decidiu testá-los.

Ele acusou os irmãos de serem espiões e exigiu que eles trouxessem seu irmão mais novo, Benjamim, para provar que não estavam mentindo. Os irmãos ficaram surpresos e preocupados, lembrando-se de como haviam tratado José no passado. Eles pediram desculpas entre si, sem saber que José os entendia. José, tocado por suas palavras, os prendeu por três dias e, no final, decidiu liberar todos, exceto Simeão, e mandou-os voltar para Canaã com a exigência de que trouxessem Benjamim.

O Retorno ao Egito e o Teste de José (Gênesis 43:1-44:34)

Quando os irmãos voltaram para casa e contaram a Jacó o que havia ocorrido, ele inicialmente se recusou a deixar Benjamim ir ao Egito, temendo que perdesse outro filho. No entanto, diante da fome, Jacó cedeu, e Benjamim foi levado ao Egito com os irmãos. José os recebeu novamente, e preparou um banquete em sua casa, onde continuou a testar os irmãos.

Durante o banquete, José mandou colocar sua taça de prata no saco de Benjamim e, quando os irmãos partiram, ele os acusou de roubo. A taça foi encontrada no saco de Benjamim, e José ameaçou manter o irmão como escravo. No entanto, Judá, o irmão mais velho, ofereceu-se para ficar no lugar de Benjamim, demonstrando arrependimento e mudança de coração. Ele expressou a dor de seu pai, Jacó, e fez um grande sacrifício para proteger Benjamim.

José, vendo a sinceridade e a transformação dos irmãos, finalmente revelou sua identidade. Ele os perdoou e disse que, embora eles tivessem planejado o mal, Deus usou a situação para salvar a vida deles durante a fome.

A Reunião com Jacó e a Benção de José (Gênesis 45:1-28)

José enviou seus irmãos de volta a Canaã para buscar seu pai, Jacó, e trazer toda a sua família para o Egito. Quando Jacó soube que José estava vivo, ele ficou atônito e emocionado. Ele declarou que agora morreria em paz, sabendo que seu filho estava vivo. Quando Jacó e José se encontraram, foi uma reunião cheia de emoção e alegria.

José providenciou para que sua família se estabelecesse na região de Gósen, uma área fértil no Egito, e garantiu que os egípcios respeitassem a família de Israel. A família de Jacó prosperou no Egito, e José continuou a governar o Egito com sabedoria.

A Morte de Jacó e o Legado de José (Gênesis 47:28-50:26)

Jacó, agora idoso, abençoou seus filhos antes de morrer, e especialmente José, prometendo-lhe uma porção dobrada da herança, em reconhecimento ao seu caráter e fidelidade. Antes de falecer, Jacó pediu para ser enterrado em Canaã, na caverna de Macpela, junto a seus pais. José fez um juramento de que levaria os ossos de seu pai para Canaã.

Após a morte de Jacó, os irmãos de José temeram que ele se vingasse de suas ações passadas. No entanto, José os tranquilizou, dizendo que o perdão já havia sido concedido, e que Deus tinha um plano maior. José os assegurou de que não haveria retaliação, e eles continuariam a viver em paz no Egito.

José viveu mais 54 anos e viu os filhos de seus filhos. Antes de sua morte, ele pediu aos irmãos que, quando Deus os libertasse do Egito, levassem seus ossos para Canaã. José morreu no Egito, foi embalsamado e sua promessa de retorno à terra prometida foi cumprida muitos anos depois.

Tags

José, Egito, Bíblia, história bíblica, Jacó, irmãos de José, inveja, perdão, fé, providência divina, Gênesis, Bíblia Antigo Testamento, liderança, sonhos, traição, redenção, transformação, sabedoria, fome, Egito antigo, Jacó e José, perdão fraterno