Amaral a incrível trajetória do Coveiro que se tornou um Craque do Futebol
Introdução: A História Inesperada de Amaral
A vida de Amaral é um exemplo inspirador de superação e determinação. De um trabalho humilde em uma funerária a se tornar um jogador de futebol reconhecido nacional e internacionalmente, sua trajetória é repleta de desafios, conquistas e reviravoltas. Neste artigo, vamos explorar a história de Alexandre da Silva Mariano, mais conhecido como Amaral, desde seus humildes começos em Capivari, São Paulo, até sua ascensão como um dos jogadores mais promissores do Palmeiras e sua carreira internacional.
Infância e Primeiros Passos no Mundo do Trabalho
Amaral nasceu em 28 de fevereiro de 1973, em Capivari, São Paulo. Antes de se tornar um jogador de futebol profissional, ele trabalhou em uma funerária, onde desempenhava diversas funções, desde jardinagem até a preparação dos corpos para o velório. Foi nesse ambiente que ele ganhou o apelido de “Coveiro”, um nome que o acompanharia ao longo de sua carreira no futebol.
Início da Carreira no Futebol: Uma Chance Inesperada
Amaral iniciou sua carreira no futebol nas categorias de base do Palmeiras. No entanto, sua entrada no clube não foi convencional. Ele contou com a ajuda de seu primo, que trabalhava como faxineiro no clube e conhecia o então presidente. Em um ato de gratidão, o presidente ofereceu um teste a Amaral, que não desperdiçou a oportunidade.
Apesar de enfrentar a concorrência de jogadores mais experientes e talentosos em sua cidade, Amaral conseguiu se destacar. Ele lembra que, ao chegar ao teste, o treinador, Marcão, ficou em um dilema, pois Amaral era uma recomendação do presidente. Marcão, no entanto, foi honesto e disse a Amaral que ele teria que se provar melhor do que os outros cinco jogadores na mesma posição para ter uma chance.
A Influência de Nelsinho Batista
A carreira de Amaral no Palmeiras deu uma guinada decisiva graças à intervenção de Nelsinho Batista, ex-treinador do clube. Na época, o Palmeiras não tinha um centro de treinamento adequado, e os jogadores reservas treinavam em campos improvisados. Nelsinho, percebendo o potencial de Amaral, o colocou para treinar com a equipe profissional, mesmo que ele ainda fosse oficialmente um jogador das categorias de base.
Amaral conta que, ao ser perguntado se estava treinando com a equipe profissional, ele respondeu que não. Nelsinho então conversou com o treinador dos juniores, que passou a olhar para Amaral de forma diferente. Essa mudança de perspectiva foi crucial para que ele se tornasse um atleta do elenco profissional e, eventualmente, ajudasse o clube a conquistar títulos.
A Morte do Pai e a Luta por Reconhecimento
A vida pessoal de Amaral foi marcada por dificuldades. Sua família enfrentava problemas financeiros, e seu pai, que trabalhava duro, não tinha condições de vê-lo jogar. Amaral sentia profundamente a falta do apoio paterno, especialmente nos momentos após os jogos, quando via os outros jogadores sendo abraçados por seus pais.
A situação se agravou quando seu pai faleceu precocemente, enquanto Amaral ainda trabalhava na funerária. Ele teve que enterrar o próprio pai, uma experiência dolorosa que o marcou profundamente. No entanto, Amaral encontrou forças para seguir em frente, usando a memória do pai como motivação para alcançar o sucesso.
Carreira Internacional: Desafios e Realizações
Amaral teve uma carreira internacional notável. Ele jogou na Itália, pelo Parma, onde conviveu com craques como Hernán Crespo e Juan Sebastián Verón. No entanto, não conseguiu se adaptar ao futebol italiano e foi transferido para o Benfica, em Portugal. Embora tenha enfrentado dificuldades para se firmar na equipe, Amaral teve a oportunidade de jogar na seleção brasileira, participando dos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996 e conquistando a medalha de bronze.
Em 1998, Amaral assinou com o Corinthians, o que gerou muita polêmica entre os torcedores do Palmeiras. No Corinthians, ele foi campeão brasileiro em 1998 e levantou a taça do Campeonato Paulista em 1999. Posteriormente, jogou no Vasco da Gama, onde fez parte de um super time que incluía nomes como Edmundo, Romário e Juninho Paulista, conquistando o Campeonato Brasileiro de 2000 e a Copa Mercosul no mesmo ano.
Aposentadoria e Reflexões Finais
Após passar por vários clubes, incluindo o Grêmio, Fiorentina, Besiktas e Al-Ittihad, Amaral encerrou sua carreira no futebol profissional. No entanto, ele ainda retornou ao Brasil para jogar em clubes menores, como o Poços de Caldas e o Itumbiara. Em 2015, Amaral afirmou que não retornou ao futebol por dinheiro, mas sim pelo amor ao jogo. Ele destacou que, apesar de ter perdido muito dinheiro na Itália, ele se sente grato por tudo que tem, incluindo um bom carro, um bom apartamento e a capacidade de ajudar sua mãe.
Atualmente, Amaral, que ganhou o apelido por sua semelhança com um colega de futebol amador, mantém uma presença ativa nas redes sociais, compartilhando momentos divertidos e piadas. Ele também expressou a expectativa de voltar a atuar novamente, embora esteja oficialmente aposentado.
Conclusão: Uma História de Superação e Amor pelo Futebol
A história de Amaral é uma prova de que, com determinação e paixão, é possível superar obstáculos e alcançar o sucesso. De um trabalho em uma funerária a jogar em alguns dos maiores clubes do mundo, sua trajetória é um testemunho do poder do sonho e da perseverança. Amaral nos lembra que, independentemente das adversidades, o amor pelo futebol e a busca por um sonho podem nos levar a lugares incríveis.
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